Nossa Senhora de Monte Serrate em Cotia
Rua Senador Feijó, 12 – Praça da Matriz – Centro
Telefone: 11 4703-2180 – Padre Mauro
Site: Facebook: https://www.facebook.com/nsmonteserratecotia/
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Descrição:
A primeira capela da cidade foi construída em 1684; localizava-se onde é atualmente a Estrada Fernando Nobre e lá havia a imagem da padroeira. Como a capela não era cuidada, o bispo do Rio de Janeiro, D. Alencar, ordenou que a derrubassem, e que seus pertences fossem levados para a então Vila de Itu (hoje cidade).
Anos mais tarde o coronel Estevão Lopes de Camargo doou terras que possuía onde atualmente é o centro de Cotia e construiu uma capela. A capela foi inaugurada em 8 de setembro de 1713, com a entrada solene da padroeira no altar mor, retornando, portanto, para a cidade de Cotia.
Nos documentos da Paróquia consta parte retirada do livro de Tombo de Cotia de 1713 em que o padre Matheus de Laya Leão, primeiro pároco da cidade, diz que o local em que está situada a igreja é um lugar de “parte deserta”.
A devoção à padroeira está presente também no brasão do município em que há o desenho de uma coroa de ouro com pedrarias em alusão a Nossa Senhora de Monte Serrate.
Embora a Igreja Matriz de Cotia tenha sido inaugurada em 1713, somente em 1749 o visitador da diocese de São Paulo, Miguel Dias Ferreira, que “reclamava das mulheres de Cotia, que comiam e falavam muito alto dentro da Matriz da vila, além de deixarem canas e cascas de frutas sujando o chão da igreja”, mandou “assoalhar ou ladrilhar o piso da igreja, então de terra batida”. O arquiteto Mateus Rosada, após ampla pesquisa sobre as igrejas paulistas dos períodos colonial e imperial, atribuiu o retábulo-mor e colaterais da Matriz de Cotia ao entalhador português (radicado na Capitania de São Paulo) Bartholomeu Teixeira Guimarães (Lugar do Passal, c.1738 – Itu, 1806) ou a algum de seus discípulos, em fins do século XVIII. Esse mesmo pesquisador localizou “obras com características próximas às de Bartholomeu Teixeira Guimarães” em dezenove altares de dez igrejas em sete localidades: São Paulo, Sorocaba, Cotia, Santos, Aparecida, Itu (todas no Estado de São Paulo) e Viamão (RS).
A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Monte Serrate, cujo primeiro edifício foi concluído em 1713, passou por várias reformas ao longo dos séculos XVIII e XIX. A Assembleia Legislativa Provincial de São Paulo recebeu solicitações de verba para reparos, manutenção da igreja e provimentos religiosos em 1839 (ver documento manuscrito no arquivo histórico da ALESP), “para promover a reedificação que o estado ruinoso da igreja muito reclamava, por causa de um raio que destruiu a torre e frontispício completamente”, e em 1889, para “retelhamento da igreja matriz da paróquia, com a reforma indispensável no respectivo madeiramento, a fim de completar-se o serviço preciso à conservação de outros, feitos no mesmo templo, que necessariamente sofrerão com a falta de retelhamento ou conserto do referido telhado, como reclama o respectivo pároco”.
Uma das reformas mais significativas da Matriz de Cotia foi realizada sob a supervisão de Antonio Paoni e Marcolino Pinto de Queiroz, a partir de um contrato firmado em 25/02/1910 com o pároco Aurélio Fraissat, por 650 mil réis, passando por nova reforma em 1911, dirigida por Antonio Paoni. Às intervenções de 1910-1911 mantiveram boa parte das paredes originais de taipa, além do altar, nichos laterais e púlpitos que existiam no século XIX (substituindo a estrutura de madeira dos nichos laterais por alvenaria), mas não foi preservada a pintura do teto da nave, tendo sido pintado, no novo teto, o medalhão de Nossa Senhora do Monte Serrate e o Menino Jesus. A torre, cujos materiais e estilo destoam do corpo principal da igreja, foi acrescida na reforma de 1833 ou de 1910.
A última grande reforma foi supervisionada em 1979 por José Torrezani e executada por Domingos Sochiarelli. A matriz ainda possui algumas imagens antigas, apesar da maioria ser de meados do século XX. Uma Nossa Senhora da Penha e uma Santana Mestra, ambas antigas e de pedra sabão, foram furtadas na década de 1990 e nunca recuperadas. Foi para esta igreja que o então mestre de capela da Catedral de São Paulo, André da Silva Gomes (1752-1844), escreveu em 1823 a Missa concertada com violinos, quatro vozes e acompanhamento”. Na página de rosto do manuscrito autógrafo do autógrafo do Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo, o compositor indicou: “para cantar-se pela primeira vez na noite de Natal na Igreja da Freguesia da Cutia”
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